A Banda dos Corações Partidos lança o visceral 2º disco ‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’
O quinteto sergipano A Banda dos Corações Partidos desconstrói e dilacera o amor no segundo disco ‘Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono‘.
O título forte, desconfortável para alguns, escancara em sons e palavras as muitas possibilidades do amor visceral, aquele amor íntimo, profundo e desnudo, apartado da aura romântica enquanto um fetiche da sociedade patriarcal.
Ouça ‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’ nas principais plataformas de streaming aqui: https://ditto.fm/
O álbum possui 12 canções plurais em que a Corações explora distintas sonoridades, intensidades e, sim, teatralidades. Trata-se de uma coleção de músicas que ora é pesado com distorções, ora cadenciado por brasilidades, mas sempre conduzidos pelo vocal impactante e versátil de Diane Veloso. É um disco de indie rock, mas também é, no mesmo espaço e tempo, de música brasileira.
Diane interpreta e sente cada palavra proferida. Ela sente na carne, mesmo, para cantar. Traz dinâmicas melódica e suaves em algumas músicas e traz potência e provocações em outras.
‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’ foi produzido por músicos experientes da música de Aracaju: Leo Airplane (produtor do The Baggios, por exemplo), que também toca teclado, piano, synth, samples e loops na Corações, e Alex Sant’Anna, outro pilar robusto da cena local, seja no palco na sua carreira solo como nas produções e parcerias com outros artistas sergipanos.
A capa do disco, de Vanessa Passos, carrega um pouco do que a Corações oferece por meio da música. A artista partiu da visceralidade explícita em ‘Canções De Ódio, Ressentimento e Abandono’ por meio de sobreposições de ilustrações e projeções de corpos.
Segundo Vanessa, a arte reflete sobre o sentimento impregnado na carne que desestabiliza o coração e o faz pulsar e funcionar sem uma lógica – amar é liberdade, como prega a banda.
A banda
A Banda dos Corações Partidos surgiu da experiência vivida pela vocalista Diane Veloso, também atriz, com uma oficina de teatro melodramático em 2006.
Após essa imersão no mundo da ‘dor de cotovelo’, A Banda dos Corações Partidos surgiu contando com as cordas elétricas de Abraão Gonzaga, hoje assumidas por Alexandre Marreta, as teclas de Leo Airplane, o choro de Aragão, as escalas em fá de Luno Torres e os rufos de Ch Malves que passou as baquetas para Josimar Seguro.
A banda já participou de eventos como Festival de Artes de São Cristóvão (2019), Virada Cultural de São Paulo (2017), Conexão Vivo em Recife (2009) e Projeto Periférico na Escola SESC do Rio de Janeiro (2012) além de festivais importantes em Sergipe, como Zons e Projeto Verão.
Na discografia lançou em 2012 o EP “Corações Partidos” e em 2014 o disco de estreia homônimo ‘A banda dos Corações Partidos’. Em 2017 lançou mais um EP, “Desamor”. O último registro até então lançado foi – em 2019 – o single Offline.