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KISS faz show apoteótico em tom de despedida na última turnê da banda no Brasil!

A banda se apresentou no último sábado, (22) durante a 7ª edição do Monsters of Rock, na cidade de São Paulo, no Allianz Parque.

E o que todo fã de rock teme por seu artista favorito infelizmente aconteceu, os estadunidenses juntos desde 1973 se reuniram pela segunda vez, e provavelmente, última despedida do KISS em São Paulo durante a 7ª edição do Monsters of Rock, no último sábado, 22. Após uma sequência de shows de altíssimo nível, a banda subiu ao placo e mostrou o motivo pelo qual são tão amados e idolatrados pelo seu público.

A mesma energia vivida no ano passado foi trazida ao palco pontualmente às 21h, quando o público ouvia a icônica introdução que anuncia a chegada do quarteto: “YOU WANTED THE BEST! YOU GOT THE BEST! THE HOTTEST BAND IN THE WORLD! KISS” momento o qual as 60 mil pessoas no Allianz esbravejam e gritavam a plenos pulmões enquanto a cortina com o nome da banda descia revelando Paul Stanley, Gene Simmons, Tommy Thayer e Eric Singer ao palco como se fossem super-heróis em suas plataformas móveis gigantes.

O show inicia ao som de “Detroit Rock City”, que com certeza transformou o estádio na verdadeira cidade do rock como se diz na canção. Para a alegria dos fãs a banda desfilou por hits de todas as épocas, emendando “Shout It Out Loud” e “Deuce“, aproximando mais Simmons do público enquanto Paul Stanley dava um show de vitalidade e energia enquanto performava e chamava os fãs para que cantasse junto.

E então “War Machine” veio como que uma explosão durante um Flash Mob onde se podia ver um mar de punhos cerrados apontandos para cima acompanhando sua introdução inconfundível. Cena que se manteve durante todo o show da banda, onde em alguns momentos era quase difícil ouvir a voz de Paul Stanley, já que ele competia com 60 mil vozes que o acompanhavam em alto e bom coro.

Estamos inundados por pessoas querendo nos ver onde quer que a gente vá” – revelou Gene Simmons recentemente em entrevista sobre uma possível residência em Las Vegas. E com absoluta certeza, ele e todos os ingressos sold out da “End of the Road Tour” são irrefutáveis em tal afirmação.

A desenvoltura e energia frenética de Stanley foi um dos motivos pelos quais “Love Gun” sempre é um dos momentos altos mais esperados do show, quando o vocalista se apoia em um cabo de aço e atravessa o estádio em uma tirolesa para cantar a canção de cima de um segundo palco montado, fazendo com que o artista fique mais visível e próximo de seu público. Em alguns momentos, Paul parava para agradecer o carinho e o tempo investido naquele dia, mas também nos lembrava que aquilo era sim uma despedida.

São Paulo vocês estão lindos! Muito obrigado por dividirem essa noite conosco, mas é chato saber que essa será a última vez que nos veremos, certo?

Como de costume, nenhum solo é somente um solo, logo o de Eric Singer teve bateria levitando, brincadeiras e troca de olhares com o público e um encerramento com a parte final de “100,000 Years”. Caminhando para a reta final do show, o baterista saiu de trás do instrumento para tomar posse do piano que foi colocado em uma das plataformas móveis para que o público pudesse o ver e acompanhar ao som de “Beth“, canção classuda que compõe mais um dos momentos bregas que nós amamos em um show do Kiss.

Independentemente de todos ali saberem que tudo o que estava acontecendo estaria sendo visto (ao vivo) pela última vez, era difícil se lembrar desse “pequeno” detalhe enquanto se presenciava a troca e a sinergia do Kiss com o seu público, uma das mais incríveis no mundo da música. Eles não precisariam de muitos elementos para fazer a alegria dos fãs, apenas a boa farofa do rock n’ roll e as boas sequências coreografadas e o jogo estava ganho!

Durante sua incrível performance e atenção com o público, os comentários da mídia sobre Stanley utilizar ou não um possível playback durante as músicas foi completamente ofuscado pelo espetáculo que ele e banda entregaram. O gran finale obviamente veio com a chuva de papel picado em meio a clássica “I Wanna Rock And Roll All Night“, que entregava aos fãs a realidade de que aquela seria a última vez que iriam dançar e pular ao som desses quatro estadunidenses que levaram um pouco mais de 4 décadas de rock ‘n roll para todo bom amante de rock.

O vocalista Paul Stanley disse que há duas experiências que todos nós precisamos ter ao menos uma vez na vida: ir à Disney e assistir a um show do Kiss. E com toda certeza nós temos sorte em dizer: que bom que pudemos presenciar uma dessas experiências magníficas. Que a vida e o espetáculo do Kiss sejam eternos assim como cada momento daquele show de sábado a noite no Allianz Parque.

Setlist
1. Detroit Rock City
2. Shout it Out Loud
3. Deuce
4. War Machine
5. Heaven’s on Fire
6. I Love it Loud
7. Say Yeah
8. Cold Gin
9. Tommy Thayer Solo
10. Lick it Up
11. Makin’ Love
12. Calling Dr. Love
13. Psycho Circus
14. Eric Singer Solo/100,000 Years
15. Gene Simmons Solo
16. God of Thunder
17. Love Gun
18. I Was Made for Lovin’ You
19. Black Diamond
Encore
20. Beth
21. Do You Love Me
22. Rock and Roll All Nite

Fotos: Mercury Concerts
Agradecimentos: Mercury Concerts e Monsters of Rock Brasil

Bárbara Carias

Eu sou a Bárbara, ou só Babi. Formada em Relações Internacionais, amante de música, cinema e frequentadora assídua de bons shows.

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