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Static-X entrega um dos melhores shows do ano em sua estreia no Brasil

Depois de três décadas, os fãs brasileiros de Static-X finalmente tiveram a oportunidade tão aguardada de ver a banda ao vivo em terras tupiniquins. Com a produção da RIDER2, o grupo se apresentou em São Paulo, no Terra SP, na última quinta-feira (7), após diversas tentativas frustradas de trazer a banda ao Brasil nos anos 2000.

Resenha por: Peu Bertasso | Fotos por: Gus Palma

De volta à estrada quatro anos após a morte de Wayne Static, em 2014, o Static-X tem contado com a presença de Xer0, um músico que se apresenta como um androide, em homenagem ao falecido vocalista e guitarrista. Durante um tempo, a identidade de Xer0 foi mantida em sigilo, mas logo foi revelado que Edsel Dope, vocalista da banda Dope, é quem assume essa persona para dar vida ao androide.

DOPE:

Foto por: Gus Palma

A Dope, que está na ativa desde 1997, foi a responsável por abrir o show do Static-X em São Paulo, trazendo Edsel para uma jornada dupla. Conhecida por sua mistura poderosa de new metal com metal industrial, assim como o Static-X, a banda também se apresentou pela primeira vez no país, entregando uma performance intensa.

Com um show curto e um pequeno atraso de pouco mais de dez minutos, a banda tocou clássicos como “Blood Money”, “Bring it On” (que fez o público entrar no clima com um mosh), “Bitch”, “Debonaire”, “Die, Boom, Bang, Burn” e um divertido cover de “You Spin Me Round (Like a Record)”, da banda Dead or Alive.

Embora as letras da Dope, em sua maioria, se resumam a expressões como “motherfucker” e “tiro, porrada e bomba”, o grupo entregou uma performance de bastante peso e empolgação durante os trinta minutos de show. Antes de tocar o cover de Dead or Alive, Edsel arrancou risadas do público ao brincar dizendo que iriam tocar “a música mais estúpida de todas“.

Static-X:

Com quinze minutos de atraso, Tony Campos (baixo, Fear Factory), Koichi Fukuda (guitarra), Ken Jay (bateria) e Xer0 subiram ao palco para o delírio dos fãs paulistas. A apresentação se iniciou com “Hollow” e “Terminator Oscillator”, ambas faixas do “Project: Regeneration Vol. 1”, primeiro disco do grupo após a morte de Wayne Static. 

Na sequência, o público foi presenteado com um desfile de faixas de “Wisconsin Death Trip”, disco de estreia dos americanos, em uma viagem no tempo para 1999. Junto da faixa homônima do álbum, “Love Dump”, “Sweat of the Bud”, “Fix” e “Bled for Days” foram encarrilhadas em sequência, levando os presentes à loucura com tamanho peso aplicado nas músicas que o grupo apresenta ao vivo. 

 

A apresentação se embelezava e envolvia o público ainda mais com imagens no telão, perfeitamente sincronizadas com as músicas que a banda apresentava. A pesada “Black and White” foi seguida por “Z0mbie”, única faixa do Project: Regeneration Vol. 2, álbum lançado no início deste ano. Após as faixas “Get to the Gone” e “I Am”, a música “Cold” — famosa por integrar a trilha sonora de Queen of the Damned (A Rainha dos Malditos, em português) — foi dedicada a Wayne Static, arrancando aplausos emocionados do público.

Depois de “I’m With the Stupid”, faixa que contou com balões jogados ao público, Tony Campos agradeceu o público em um discurso emocionado, comentando que apesar de já ter vindo ao Brasil tantas vezes com tantos outros projetos, finalmente conseguiu fazer acontecer o show do Static-X no país, dedicando essa conquista aos fãs. “Push It” foi a responsável por finalizar a apresentação, fazendo todo o público sair do chão. Os três membros originais do grupo foram ovacionados pelos fãs brasileiros ao final da apresentação. 

A ideia do grupo de “reviver” Wayne Static em forma de um androide até hoje não foi comprada por toda a comunidade. Além disso, a grande sequência de shows programados para o Brasil durante o mês de novembro pode ter influenciado no público presente, que foi relativamente baixo. No entanto, o Static-X pareceu não se importar com isso, entregando uma das melhores apresentações do ano. Assistir ao show de perto justifica a homenagem que a banda faz ao eterno vocalista. Uma apresentação cheia de clássicos como esta lavou a alma de fãs que esperaram uma vida para assistir uma apresentação do grupo.

Agora, resta torcer para que o número reduzido de ingressos vendidos não desanime os produtores e que o Static-X tenha mais oportunidades de se apresentar no Brasil no futuro. Definitivamente, é um show que merece ser visto.


SETLIST – DOPE

1 – Blood Money

2 – Bring It On

3 – Bitch

4 – Debonaire

5 – Die, Boom, Bang, Burn

6 – You Spin Me Round


SETLIST – STATIC-X

1 – Hollow

2 – Terminator Oscillator

3 – Love Dump

4 – Sweat of the Bud

5 – Wisconsin Death Trip

6 – Fix

7 – Bled for Days

8 – Black and White

9 – Z0mbie

10 – Get to the Gone

11 – I Am

12 – Cold

13 – I’m With Stupid

14 – Push It


GALERIA DE FOTOS: 

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