Monsters of Rock 2025: três décadas de glória celebradas em grande estilo

A edição comemorativa do Monsters of Rock não apenas celebrou três décadas de um festival; ela reafirmou o amor do público brasileiro pelo rock e pelo metal. Entre apresentações emocionantes, momentos nostálgicos e uma organização de primeira linha, o festival se consolidou novamente como um dos eventos mais importantes da cena musical pesada.

Fica claro que o Monsters não é apenas sobre música — é sobre memória, sobre paixão, sobre resistência. E, acima de tudo, é sobre o encontro de gerações unidas pelo mesmo amor ao som pesado.

O Allianz Parque, em São Paulo, foi palco de uma celebração histórica em 19 de abril de 2025: a edição comemorativa de 30 anos do festival Monsters of Rock. Com uma seleção de bandas clássicas e performances que variaram entre energia pura e emoção nostálgica, o festival reafirmou seu status como um dos maiores encontros de rock e heavy metal do país.

Stratovarius: Uma Abertura de alto nível

A responsabilidade de iniciar os trabalhos do dia ficou ao cargo do Stratovarius, que rapidamente aqueceu a plateia com seu power metal contagiante. O carismático vocalista Timo Kotipelto conduziu o público em clássicos como “Black Diamond” e “Hunting High and Low”, além de apresentar faixas mais recentes. A resposta dos fãs foi imediata e intensa, mostrando que, mesmo sob o sol forte do início da tarde, a paixão pelo metal permanece viva.

Opeth: Viagem sonora entre o prog e o metal

Em seguida, o Opeth trouxe um contraponto à energia inicial, assumindo o palco com sua sonoridade introspectiva e técnica. Alternando momentos de brutalidade com passagens melódicas, a banda sueca impressionou pela complexidade musical e pela simpatia de Mikael Åkerfeldt, que entre uma música e outra divertiu o público com seu humor peculiar afirmando que falava muito e gostava de conversar, mas poderia ser retirado do palco se não tocasse música. Destaques para “In My Time of Need” e “Deliverance“, que trouxeram atmosfera e peso na medida certa.

Queensrÿche: A precisão dos clássicos

O Queensrÿche focou sua apresentação em faixas dos anos dourados da banda, resgatando pérolas do heavy metal progressivo como “Queen of the Reich” e “Empire“. Todd La Torre, nos vocais, mostrando-se à altura do legado de Geoff Tate, entregando uma performance firme e respeitosa ao espírito original das músicas, agradando antigos e novos fãs.

Savatage: Um retorno carregado de emoção

Um dos momentos mais esperados e emotivos do festival foi o retorno do Savatage. Após anos de inatividade, a banda emocionou os presentes, especialmente durante “Believe“, com homenagens visuais ao saudoso Criss Oliva. Apesar da ausência de Jon Oliva, a formação atual demonstrou respeito ao passado e força no presente, conquistando aplausos fervorosos.

Europe: Carisma e Energia Contagiante

A presença do Europe trouxe um novo ritmo ao evento, misturando hard rock e muito carisma, transformando o Allianz em uma grande festa com seu repertório repleto de sucessos. Hits como “Rock the Night” e “The Final Countdown” levaram a multidão ao delírio, mostrando que a banda, liderada pelo showman Joey Tempest, mesmo após décadas, continua a oferecer performances eletrizantes, unindo gerações de fãs, mantendo seu espírito jovial e contagiante.

Judas Priest: Heavy Metal em sua forma pura

Judas Priest mais uma vez mostrou por que é considerado um dos pilares do heavy metal mundial. Com um setlist recheado de clássicos como “Breaking the Law“, “Painkiller” e “Electric Eye“, a banda liderada por Rob Halford (que ainda impressiona com seu alcance vocal) incendiou o Allianz Parque. A estrutura de palco, o som poderoso e a energia da banda criaram uma atmosfera digna de uma celebração de três décadas de história do festival.

Scorpions: Encerramento com Classe e Nostalgia

O encerramento ficou a cargo dos lendários Scorpions, que fizeram um show impecável. Canções como “Wind of Change” e “Rock You Like a Hurricane” emocionaram e agitaram o público. A surpresa ficou por conta de “Still Loving You”, faixa que não foi tocada no show anterior, mas com certeza não poderia ficar de fora no festival. Mesmo após tantos anos de estrada, os alemães mostraram vitalidade, carisma e gratidão aos fãs brasileiros, encerrando o Monsters of Rock 2025 de maneira épica.

Estrutura e Organização: Tudo no lugar certo

O sucesso do Monsters of Rock 2025 não se limitou ao palco. A produção demonstrou um alto padrão de qualidade, com excelente infraestrutura, logística eficiente e som cristalino em todos os setores do Allianz Parque. A pontualidade dos shows e a segurança reforçada contribuíram para uma experiência completa e confortável para o público.

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Conclusão: Uma edição memorável

O Monsters of Rock 2025 não apenas celebrou três décadas de história — solidificou-se, mais uma vez, como um marco cultural no Brasil. Entre reencontros emocionantes, homenagens e apresentações eletrizantes, o festival provou que o rock e o metal seguem vivos, atravessando gerações com força e paixão.

Venha o futuro: o Monsters já garantiu seu lugar na história — e no coração dos fãs.