CRÍTICA | Aquaman é o melhor filme já feito da DC!
Aquaman estreiou hoje e nós do Tramamos não podíamos ficar de fora dessa.
Logo de início o que temos a dizer é: SENSACIONAL!
Dirigido por James Wan (do universo de Invocação do Mal), o filme vem como a proposta de não se ligar a nenhum dos outros filmes do DCU, apenas tem uma leve e rápida menção ao vilão da Liga da Justiça, Lobo da Estepe, e isso funcionou bem, resultando em um filme detalhado com um roteiro bem conciso e fechado.
Nos dez primeiros minutos já somos recebidos com dois momentos de prender o fôlego, onde Atlanna (Nicole Kidman) entra em combate corpo a corpo com soldados de Atlantis, com cenas de luta dignas de aplausos e jogadas de câmera que dão um charme a mais e mais adiante no resgate ao submarino, onde mostra um Aquaman bom de briga, totalmente badass e impiedoso.
William Defoe assume o papel de Vulko, um dos principais conselheiros do até então aspirante ao trono do rei. Diria que ele tem uma participação não desnecessária, mas sem grande peso.
Patrick Wilson encarna o vilão Mestre do Oceano de maneira magistral e consegue nos cativar com muita facilidade. Fica fácil esquecer aquele recente papel de bom moço ao interpretar Ed Warren em Invocação do Mal.
Amber Heard que assume o papel de Mera, quando divide a cena com Jason, se torna o alívio cômico do filme acertadamente de maneira não exagerada. Esbanja carisma dividindo o tempo de tela, quase que todo, com Momoa. Em alguns momentos consegue roubar completamente a cena, indo de pilota em fuga a mestre das águas no mais puro estilo do desenho “Avatar”.
Jason Momoa abraça de vez o personagem em uma versão meio rockstar rebelde, que de início não agradou a muitos, em uma atuação impecável e intensa. Em dez minutos de filme, já consegue nos fazer esquecer da fama ruim que o personagem adquiriu durante anos por causa das antigas animações. Se em Liga da Justiça ainda restava alguma insegurança sobre ser o escolhido a interpretar o herói, Aquaman encerra de vez qualquer possibilidade de dúvida.
O filme dosa bem os momentos cômicos, soltando piadas bem sutis nos momentos certos sem excesso, tornando o longa leve sem tirar dele a carga de ação constante, que não faz muita questão de nos dar trégua. Talvez o maior momento de calmaria se dá na cena do deserto, e não a toa, também é o momento onde Momoa e Amber começam a trabalhar seus personagens de maneira mais íntima e pessoal. Se no início vemos um Aquaman que não liga pra nada, aqui já começamos a vê-lo mais preocupado e menos revoltado.
Não tanto quanto em Thor: Ragnarok, as cores fortes são bastante utilizadas no filme dando um visual muito bonito sem forçar muito a barra. Somando isso com as cenas de guerra, que são de tirar o fôlego, o resultado é uma batalha épica, agradável de se ver e com efeitos especiais sensacionais. Podemos dizer que a cena da batalha próximo do final pode ser facilmente dita como uma “batalha de Senhor dos Anéis embaixo d’água”. Mesmo as cenas gravadas sem o recurso de CGI também são dignas de elogio, como a fuga da dupla quando estão na Itália e são perseguidos pelos soldados do outro vilão, o Arraia Negra, que aparece pouco, mas aparece bonito!
Tirando dois ou três momentos bem clichês totalmente previsíveis, Aquaman consegue ser o fôlego que há tempos a DC precisava. Sua cena pós-créditos não acrescenta em nada, servindo apenas pra deixar explícito o que já fica meio óbvio na reta final do filme.
Se os próximos filmes vierem nessa mesma qualidade, finalmente a sua rival, Marvel, terá motivos para ligar o alerta e no meio disso, nós fãs seremos os mais beneficiados.