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ANDRÉ MATOS | Morre uma das vozes mais poderosas do metal brasileiro

Falaceu aos 47 anos, André Matos, vocalista das bandas Shaman e Angra. A notícia foi divulgada nas redes sociais e confirmada pelos companheiros de banda. A causa da morte ainda não foi divulgada.

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André Coelho Matos nasceu em São Paulo, no dia 14 de setembro de 1971. Começou a estudar música quando era criança e investiu no seu talento até se tornar um ícone do heavy metal admirado em todo o mundo.

Cantor, compositor, maestro e pianista, André foi a voz de algumas das mais aclamadas bandas do metal nacional: ViperAngra Shaman, fez participações especiais nos projetos Aina Avantasia (com quem dividiu o palco no último dia 2, em São Paulo) e esteve à frente dos projetos Virgo e Symfonia

Nenhum outro vocalista brasileiro alcançou tanto sucesso e prestígio, principalmente se considerarmos que todas as bandas das quais participou alcançaram notoriedade dentro e fora do país.


OBRIGADA, ANDRÉ – por Aida Mori

Eu ainda era adolescente quando ouvi o “Angels Cry” (primeiro álbum do Angra) pela primeira vez. Não conhecia muito sobre música e estava começando a ouvir rock. Entrei em uma loja e vi a capa vermelha com a estátua de um anjo ao por do sol. Comprei sem nem saber o que era. A verdade é que tinha um cover de Painkiller e eu era meio poser.

Me apaixonei pela melodia, pela energia das músicas, pela voz do André [e, confesso, por aquela foto dele na contra capa, com a covinha no queixo]. Virei fã. Colecionava CDs, revistas [entrei na hype de querer que ele fosse vocalista do Iron Maiden – não me julguem] e, pela primeira e única vez na minha vida, fui a todos os shows de uma banda quando ela tocava a menos de 300km de distância de mim.

A alegria dele no palco era contagiante. Ele era poderoso, sabia o que estava fazendo, era a casa, o reino dele. Quando cantava, levava todo o público junto. Sem perceber, éramos todos dominados pela grandeza da arte que ele compartilhava conosco.

O André foi o primeiro artista com quem conversei. Logo depois do show do Angra no Palace (que depois virou Citibank Hall), a banda toda já tinha ido embora, ele chamou os fãs que ficaram por ali. Travei na frente dele e, quando viu que eu não sabia o que fazer, me puxou num abraço, sorriu, comentou que tinha me visto em outros shows [eu era a louca na grade, mas isso ele não disse]. Poucas vezes me senti tão querida e acolhida por alguém, ainda mais alguém que eu admirava tanto.

Hoje, a música brasileira perdeu uma das suas maiores estrelas.

Aida Mori

It’s me, Mori_A! Colunista de um pouco de tudo. Apaixonada por música, literatura, videogames, cinema e gatos. Provavelmente velha demais pra essa maluquice. Escorpiana, paulista, millenial, nerd, taróloga, mãe de gatos.

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