CARNIFEX faz show curto, mas com muito peso em São Paulo; saiba como foi!
Após anos de espera, os fãs de Carnifex finalmente tiveram uma tarde de puro deathcore, com direito a maior roda punk que vocês puderem imaginar dentro do Fabrique Club, em São Paulo, no último dia 02 de dezembro.
Diferente da maioria dos shows que ocorrem na capital paulista, este iniciou antes do sol se pôr. Pontualmente às 18h a banda de Jundiaí Fim da Aurora, formada em 2012, subiu ao palco mostrando o porquê do público ter vibrado quando a produtora Liberation fez o anúncio do show de abertura.
A banda que vem se destacando no cenário underground começou seu set com “Intolerância”. Neste momento, apesar das pessoas estarem chegando na casa, rodas punks já se formavam e os presentes não desgrudavam os olhos do palco.
Sem muita conversa, foi a vez de “Eleitos pela Mentira” e “Ritual” darem continuidade ao show. Apesar de um set curto e duração de um pouco mais de 30 minutos, foi o suficiente para quem ouvia ter certeza que esta era uma banda que valia a pena começar a seguir. Fim da Aurora mostrou que tem gás de sobra para fazer um show único e inesquecível, entregando um som de alta qualidade e bem ensaiado.
Setlist:
- Intro
- Intolerância
- Eleitos pela Mentira
- Ritual
- Pelo vale da Morte
- Dinheiro Sujo
- Espíritos
CARNIFEX
Durante o curto período de pausa, os fãs aproveitaram para se hidratar e descansar enquanto a banda principal da noite não entrava no palco.
Pontualidade é algo a se destacar neste evento. Marcado para às 19h, o Carnifex deu início aos trabalhos com “Dark Days” exatamente no momento que o ponteiro virou. Dava para sentir a euforia dos fãs durante a primeira música, assim como a roda, que tomava metade do Fabrique Club, só aumentava para o orgulho de Scott Lewis, vocalista da banda.
Vale ressaltar que o Scott é o maior pesadelo dos fotógrafos, já que assim que a música chegou ao fim, ele resmungou que o local parecia um aquário com tanta luz. Mas nada que já não sabíamos, pois iluminação de frente não é o forte de bandas de deathcore em geral.
A apresentação deu continuidade com “Pray For Peace” do oitavo álbum da banda lançado em 2021 Graveside Confessions e “In Coalesce With Filth and Faith” para agradar os fãs mais antigos, do álbum The Diseased and the Poisoned de 2008.
“Necromanteum” faixa do álbum mais recente homônimo de 2023, mostrou que após quase 20 anos de banda, o Carnifex ainda consegue ser cada vez mais sombrio e entregar nas apresentações ao vivo a mesma intensidade que nos álbuns. Ainda deste álbum, a banda apresentou “Torn in Two” e “Heaven and Hell All at Once”, que mostraram terem sido bem aceitas pelo público que cantou, pulou e entregaram ‘danças’ na rodinha.
A banda navegou por várias eras, tocando faixas do álbum de estreia Dead in My Arms lançado em 2007 “Collaborating Like Killers” e “Lie to My Face”, passando também pelo quinto álbum com a faixa que carrega o mesmo nome do álbum “Die Without Hope” de 2014.
Com a chegada de “Dark Heart Ceremony”, já sabíamos que o show estava para acabar, o que deu mais energia ao público e o vocalista sabia que naquele momento conseguiria tudo dos fãs. Pedindo para todos pularem, o público não deixou Scott decepcionado e acatou o pedido enquanto dispersavam no meio do caminho ao voltar para a correria da roda punk. Porém, foi em “Slit Wrist Savior”, última música do show, que o Fabrique veio abaixo e foi possível ver um sorriso no rosto dos integrantes da banda, já que tudo virou um ‘caos’ (no bom sentido da palavra).
Durante o show não houve muita conversa, nem pausas. A apresentação que teve 1h10 de duração chegou ao fim e sem direito a bis, apesar dos fãs terem pedindo em alto e bom tom “one more song”. Os integrantes do Carnifex então chegaram na beirada do palco distribuindo palhetas e baquetas, saindo do palco em seguida.
A energia caótica do show com certeza vai ficar na memória dos fãs por muito tempo, já que ao olhar em volta, todos sorriam por ter podido presenciar tal ato.
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Carnifex:
FIM DA AURORA:
