Comandante 22 lança disco com referências ao surrealismo
Álbum ’22’, lançado pela Abraxas Records, traz sete canções e tem como conceito o surreal contemporâneo da irrealidade
O álbum 22 do duo carioca Comandante 22 é mais um lançamento da Abraxas Records, com uma capa que traz influências da arte surrealista de 22.
Comandante 22, em 2022 é a junção do surrealismo moderno e tudo que o rock pode oferecer: Guitarra, Bateria e Baixo. Riffs, pontes, refrões instigantes e enigmáticos para serem tocados ao vivo.
Agora, no entanto, o duo carioca é um trio – surreal, não? – nas apresentações, com o talentoso jovem Bauer França no baixo.
O novo álbum teve 2 anos de gestação e foi construído em uma realidade de pandemia em que continuar os encontros para o projeto significava até certo risco de vida, coragem para seguir em frente nos tempos mais surreais da história da Comandante.
“22” traz 7 canções e tem como conceito o surreal contemporâneo da irrealidade. Para este trabalho, o duo virou trio e convidou Bauer França, que gravou baixo em todas as faixas, Selva Rubens que compôs e gravou guitarra em “ET”, e Anderson Coutinho, que além de gravar teclados em “Boogie 2”, “Desperato” e “Rock n Roll”, gravou órgão em dois interlúdios, os “Palmerludios”.
A pós produção do disco ocorreu sob os cuidados de Francisco Patitucci que contribuiu muito para a finalização do trabalho.
A arte feita para capa provoca uma sensação instigante e enigmática no espectador cheia de significados subjetivos. Assim, a obra causa uma experiência de ilusão de ótica com imagens revelando tanto um acidente de percurso na iminência de ocorrer, em uma estrada invertida, como ao ampliar a visão para o todo, em outra imagem, o verdadeiro significado daquele evento.
Quanto aos elementos surrealistas que aparecem na arte final: O Veado Ferido˜ de Frida Kahlo alvejado por flechas atravessa a rua, sua face está encoberta por uma maçã. A maçã, diferentemente da maçã de Magritte, está mordida mas também encobre a face, teria sido esta mordida pelo pecado original? Relógios derretem em alusão ao tempo e a sua subversão por Dali, os anos que passaram em cadência diferente do que estávamos acostumados, dias e noites sem padrão cronológico.