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Conheça a história por trás de “Mad Hatter” do Avenged Sevenfold!

Avenged Sevenfold recentemente lançou a faixa ‘Mad Hatter‘ para a franquia de jogos Call of Duty. Porém, você sabia que ‘Mad Hatter’ é uma doença? E que a letra foi inspirada em John B. McLemore?


Quem é John B. McLemore?
John B. McLemore era um morador de Woodstock, onde ele gentilmente a chamava de ‘S-Town‘ (shit town/cidade de merda – ‘S-Town’ virou o nome do podcast que viralizou nos Estados Unidos). As pessoas que o conheciam, diziam que ele era um ser humano muito inteligente, que gostava de ter conversas longas, mas muito negativo/perturbado.

Em 2012, McLemore, convidou o jornalista Brian Reed para fazer uma visita em sua cidade, onde ele jurava que havia ocorrido um assassinato e que fora encoberto pelo poder que a família tinha no local, logo, o jornalista foi para ‘cobrir’ uma investigação. Só que, Reed ficou intrigado com a vida do John e resolveu gravar sua tour pela ‘S-Town’.

Após John B. McLemore cometer suicídio por cianeto (que bloqueia toda a cadeia respiratória), Brian Reed voltou à Woodstock, em 2015, e transformou o convite original, que era fazer uma investigação de assassinato, em uma exploração da vida de McLemore.

A série feita por Reed resultou em sete episódios – e que teve mais de 10 milhões de downloads nos primeiros quatro dias – contando intimidades da vida de John como seu passado, amizades, sexualidade e até sua luta com sua doença mental. Porém, nem todas as informações McLemore, ainda em vida, deu permissão para ser revelada, e mesmo assim o jornalista resolveu quebrar seu código de ética e liberá-las. Os envolvidos pelo podcast, foram processados por expor a vida de John B. McLemore. O processo, que pede indenizações punitivas e lucros do podcast, alega que os fabricantes de “S-Town“, “usaram os distúrbios de identidade de McLemore de maneira comercial”.


Doença de Mad Hatter (Chapeleiro Maluco):
eretismo, também conhecido como erethism mercurialisdoença de Chapeleiro Maluco ou síndrome de Chapeleiro Maluco é uma desordem neurológica que afeta todo o sistema nervoso central, bem como um complexo de sintomas derivado do envenenamento por mercúrio. O eretismo é caracterizado por alterações comportamentais como irritabilidade, baixa autoconfiança, depressão, apatia e timidez. Em alguns casos extremos com exposição prolongada a vapores de mercúrio: delírio, alterações de personalidade e perda de memória. Pessoas com eretismo muitas vezes têm dificuldade com interações sociais. Problemas físicos associados podem incluir uma diminuição na força física, “dores de cabeça, dor geral e tremores após a exposição ao mercúrio metálico”, bem como um batimento cardíaco irregular.


Onde tudo se encaixa?
John B. McLemore trabalhou durante muitos anos como relojoeiro e usava uma prática prejudicial chamada “fogo-dourado“, que envolvia queimar mercúrio com ouro.

“Fogo-dourado” (ou “douração de mercúrio”, como às vezes é chamado) tem sido usado por artistas para aplicar uma camada de ouro a objetos por mais de dois milênios – e de uma maneira insegura. Quando combinado com o ouro fundido, o mercúrio, que é líquido à temperatura ambiente, se transforma em uma substância oleosa que desliza sobre a superfície do objeto a ser revestido de ouro. Mas, para garantir que apenas ouro e não mercúrio sejam deixados para trás, todo o objeto deve ser aquecido a 357 graus Celsius, que é a temperatura na qual o mercúrio evapora em um gás. Isso deixa uma fina camada de ouro – o que significa que o mercúrio acaba no ar.

Se, como McLemore, você não estiver trabalhando com um sistema de ventilação profissional e outros equipamentos de segurança, os gases do mercúrio (isto é, mercúrio em sua forma metálica) vão acabar em seus pulmões. Em longo prazo, a exposição repetida, isso pode ser muito perigoso. Como uma resenha de 2012 no Journal of Biomedicine and Biotechnology explicou, o vapor de mercúrio elementar, que os pulmões e outras membranas mucosas (órgãos molhados, como os olhos e a boca) absorvem prontamente, acaba no cérebro em quantidades “consideráveis”.

As pessoas expostas aos gases do mercúrio elementar podem apresentar uma série de sintomas: alguns parecidos com a gripe, outros perderão o controle motor fino, alguns perderão a percepção sensorial em seus olhos e nariz, e alguns ficarão com palpitações cardíacas. Outras vezes, manifesta-se como depressão, ansiedade, paranoia e pensamentos de suicídio – os mesmos sintomas que compõem coletivamente a doença de Mad Hatter, que Reed sugere, no final da série, que McLemore vinha sofrendo há anos.


Em suas redes sociais, o Avenged Sevenfold publicou: “A ideia da doença de Mad Hatter e o que ela faz com o cérebro é tão assustadora quanto as imagens que foram mostradas para @CallofDuty: #BlackOps4. Nós decidimos que a letra iria sombrear a vida de John B. McLemore. Nós estaremos compartilhando algumas dessas imagens com você em breve…”

Avenged Sevenfold @TheOfficialA7X

Em recentes entrevistas M. Shadows também falou sobre:

Pergunta: Você disse que a letra de “Mad Hatter” foi inspirada pela história de John B. McLemore, contada no podcast “S-Twon”. Qual foi a sua reação em geral àquele podcast, e, a história e perspectiva de McLemore?
M. Shadows: Eu amei o podcast, ele nós mostrou como várias pessoas se sentem neste país. Ele era um homem brilhante, mas sua mente o levou a lugares sombrios.


Pergunta: Você pode falar especificamente sobre a inspiração por trás da música “Mad Hatter” e como isso se relaciona com o Black Ops 4?
M. Shadows: Nos inspiramos na história de John B. McLemore contada no podcast ‘S-Town’. Pareceu encaixar e criar uma imagem de alucinação e envenenamento por mercúrio. As imagens que nos mostraram me fizeram contemplar como seria ficar louco. Foram coisas bem assustadoras e eu achei que combinou bem.


Agora você já consegue entender a letra da música?
“Aumento dos vapores através do relógio de ouro”
“E na prateleira, o frasco que segura meu cérebro”


Fontes: Avenged Sevenfold Brasil

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