Freespirits mostra mistura contemporânea de britpop e grunge
‘Rolling with the Punches’ é o último single antes do primeiro full album da banda do guitarrista, vocalista e compositor brasileiro Giancarlo Mariani, radicado em Londres (Inglaterra)
Radicado em Londres (Inglaterra), o guitarrista, vocalista e compositor brasileiro Giancarlo Mariani traz uma mistura contemporânea e muito bem costurada do britpop, grunge e rock moderno na banda Freespirits, nome recorrente de grandes festivais na Europa e EUA, prestes a lançar o primeiro full álbum.
O mais recente lançamento é o quinto single ‘Rolling with the Punches’, considerado pelo músico como o principal trabalho até o momento e que melhor apresenta o projeto.
‘Rolling with the Punches’ ganhou um enérgico videoclipe, confira:
Ouça o novo single aqui: https://fanlink.to/
‘Rolling with the Punches’ tem título autoexplicativo: é música com punch, agitada e uma levada empolgante que carrega a canção a várias dinâmicas, além de um exímio refrão para cantar junto e mexer o corpo. Tem todos os elementos de hit.
O nome do single tem relação com o processo de composição do disco de estreia, “Into The Upside Down”, que como revela Giancarlo, teve tantos testes e tribulações que a um certo ponto os integrantes acharam que nunca viria à luz do dia.
Confira abaixo o papo que o Erick Tedesco bateu com o vocalista do Frespirits, Giancarlo para o Tramamos:
Como surgiu a Freespirits? A banda tem algum indicativo brasileiro ou sua essência é totalmente inglesa?
“A banda foi formada em 2013 pelo meu irmão e eu aqui na Inglaterra.
Cansado de vocalistas com enormes egos, resolvi começar a cantar visto que já escrevia as músicas.
Queríamos fazer algo diferente que misturasse britpop, rock alternativo americano tipo 90s/00s e um pouco de música brasileira também para mostrar nossas raízes.
Gostamos muito do rock alternativo nacional, temos forte influência de bandas como Rancore, Zander, Garage Fuzz, Menores Atos e claro Charlie Brown Jr pois afinal somos de Santos.”
O novo single “Rolling with the Punches” é muito animada e traz uma lembrança do rock do final dos anos 90, início dos anos 2000. Quais são as referências que vocês usaram para compor e quais são as possíveis interpretações dessa música?
“Ultimamente tenho ouvido bastante post-hardcore e aqueles sons grunge revival, principalmente bandas do selo Run for Cover Records como Basement, Citizen, Title Fight e Superheaven. Curtimos também bandas suecas como Hellacopters, Millencolin e International Noise Conspiracy”.
Acho que essas foram as influências principais… ah, e a raiva acumulada nestes últimos de caos político e social foram, com certeza, uma grande pilha para essa energia toda contida nesse som e em todo o disco.
O tema da música é basicamente de continuação, perseverança e continuar na luta apesar de todas as dificuldades e percalços que passamos na vida (por isso a expressão ‘rolling with the punches’).
Uma história quase autobiográfica de dois imigrantes brasileiros na Europa há mais de 15 anos, mas que poderia ser igualmente a de qualquer pessoa vivendo nesse mundo louco que vivemos atualmente.”
“Rolling with the Punches” é o quinto single do álbum que será lançado em novembro, certo. O que podemos esperar deste disco?
“O disco é uma espécie de ‘álbum conceito’ e conta a história de um personagem atravessando esse mundo paralelo ou ‘Upside Down’ que temos vivido nos últimos anos desde o crescimento das extremas direitas no mundo, lockdown e outros episódios que marcaram nossa vida recentemente.
Não é um disco totalmente político, mas chegamos a um ponto onde não podemos mais ignorar política, já que ela é tão presente e influente em nossas vidas.
O LP tem músicas pesadas, algumas baladas e sons rápidos, tocando em diversos temas como solidão, angústia, fúria e otimismo e amor.
Levamos o ouvinte por uma viagem sonora através das 12 músicas.
Algumas delas já estão disponíveis nas plataformas digitais, mas a maioria ainda é material exclusivo.”
Vocês já falaram que para construir “Into The Upside Down”, tiveram muitos testes e percalços. Quais foram as demandas que fizeram o disco demorar para sair?
“Sim, tivemos muitos problemas ao longo do processo. Alguns familiares outros foram problemas que toda banda independente enfrenta por ter que realizar todo o trabalho de maneira individual: gravação, mix/masterização, divulgação e até mesmo a criação dos clipes etc.
Estamos muito orgulhosos do resultado, que levou boa parte de três anos de nossas vidas para se concretizar e estamos muito empolgados de lançar essa obra para todo mundo ouvir.”
Como é a interação da banda com o público brasileiro?
“Temos muitos fãs brasileiros e acho que nosso som está sendo bem recebido. Não vemos a hora de passar um tempo aí, rever nossos amigos e familiares e conhecer lugares novos. Ah e comer um autêntico açaí!”
Vocês estão planejando tour para “Into The Upside Down”? Se sim, pretendem trazer para o Brasil?
“Com certeza! Em janeiro e março vamos retornar aos EUA para participar do SXSW e fazer outros shows lá. Depois vamos fazer UK e Europa, estamos planejando shows na Itália, Espanha, Alemanha e Holanda.
Adoraríamos muito poder fazer uma turnê aí. Temos planos de fazer alguns shows no Brasil no ano que vem.
Produtores que estiverem lendo, mandem suas ofertas, vamos conversar! Haha”
A Freespirits
A banda mistura rock alternativo com riffs de guitarra sujos, letras ácidas, batidas pesadas e melodias cativantes, carregado de atitude, autoconfiança e muita energia.
Apresenta, de forma única e altiva, uma mistura de Britpop, Grunge e Modern Alt Rock.
As influências vão desde bandas clássicas dos anos 90, como Nirvana, Foo Fighters, Smashing Pumpkins e Oasis, a grupos subterrâneos mais recentes de pós-hardcore/punk rock, como Basement, Citizen e Title Fight.
O primeiro full já tem nome, Into the upside down, que sucederá a demo Electric Magic. O lançamento será em novembro deste ano.
Desde que a banda está em Londres, o power trio já foi banda suporte para o lendário Echo e The Bunnymen e também foram abertura para Ride, Shed 7, Bluetones, Ash, Carl Barat, Funeral For a Friend, entre outras.
A Freespirits também tem no currículo participações em concorridos festivais, como o SXSW de 2022, Tramlines (2018 e 2019), Sound City (2018), Great Escape (2017) e palco principal de Basingstoke Live Fest, em 2016.
Contabilizam, ainda, apresentações na BBC, Amazing Radio UK e USA, Islington Radio, Virgin Radio, Radio Rock 89FM, entre outras estações de rádio internacionais em todo o mundo.
A Freespirits ainda foi escolhida pela gravadora espanhola/latino-americana Hotel Records para gravar uma faixa para uma compilação, que será lançada no final de 2022. A banda participará com uma canção inédita, produzida por Alexandre Capileh (Sugar Kane/Water Rats) no famoso Costella Studios, em São Paulo.