GOOD OMENS | Série é a realização de um dos últimos desejos de Terry Pratchett
A Amazon provocou os fãs com um trailer e um pôster da minissérie Good Omens (em português: Belas Maldições), baseada no romance ficcional de mesmo nome de Neil Gaiman e Terry Pratchett, com lançamento previsto para 2019.
Ambientado ao som de ‘You’re my Best Friend’ (Você é meu melhor amigo), da banda britânica Queen, o teaser promete uma viagem fantástica e excêntrica de saltos no tempo, construção de mundos e prazer com culpa de um anjo e um demônio ‘aminimigos’ que se tornam aliados às vésperas do apocalipse. A história é um testemunho da grandeza das imaginações únicas, bizarras e impressionantes de Gaiman e Pratchett. Adaptações de suas obras precisam ser vistas (e desconstruídas) pessoalmente para serem acreditadas.
A série traz um pano de fundo muito emocionante, já que a adaptação do livro para as telas é uma forma de honrar um dos últimos desejos de Pratchett.
“Não tenho muito tempo para viver, e quero vê-lo antes que as luzes se apaguem“, teria dito Pratchett a Gaiman como seu último pedido. “Depois de todos esses anos de fracasso, mesmo com o envolvimento de Terry Gilliam, finalmente aconteceu. Chegamos ao final disso“, disse Gaiman.
Junto com o diretor da série, Douglas Mackinnon, e os membros do elenco Michael Sheen (Aziraphale – anjo), David Tennant (Crowley – demônio), Miranda Richardson (Madame Tracy – vidente) e Jon Hamm (Gabriel, personagem que originalmente não está no livro), Gaiman apresentou o vídeo, que só aumentou a ansiedade para saber quando Good Omens será finalmente lançada.
Em memória do grande mestre
Terence David John Pratchett foi um dos maiores e mais criativos escritores de ficção já nascidos. Seu interesse por literatura, principalmente literatura fantástica, surgiu na adolescência, com as obras de J.R.R. Tolkien (autor de ‘O Senhor dos Anéis’). Trabalhou como jornalista e assessor de imprensa por anos, escrevendo nas horas vagas. Em 1983, publicou ‘A Cor da Magia’ e o grande sucesso do livro, que deu início à mundialmente famosa série Discworld, permitiu ao autor viver uma carreira literária em tempo integral.
Através de um humor cáustico e irônico ele usa histórias ambientadas num mundo de fantasia para trazer à tona incoerências e idiossincrasias bem reais. No entanto, consegue fazer isso sem prejudicar as características mais marcantes das suas obras: o bom humor e o entretenimento inteligente. Seu sucesso há muito ultrapassou as fronteiras da Inglaterra e seus livros foram publicados em 36 idiomas.
Pratchett sofria de Alzheimer e narrou em 2010 o documentário ‘Terry Pratchett: Choosing to Die’ (Terry Pratchett: Escolhendo morrer), sobre o processo de morte assistida, que estreou em 2011. O autor faleceu em 12 de março de 2015, aos 66 anos.
A seu pedido, o disco rígido que continha todas as suas obras não terminadas foi destruído por um rolo compressor chamado ‘Lord Jericho’ durante a Great Dorset Steam Fair, uma feira anual que existe há 50 anos e apresenta veículos e máquinas movidos a vapor.
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