HARDCORE SUPERSTAR finalmente veio ao Brasil e nem problemas técnicos conseguiram “matar o rock n’ roll” da noite.
Resenha por: Thammy Sartori
Fotos por: Ísis Trindade
Há 14 anos, o Hardcore Superstar faria dois shows na capital paulista. Porém, devido a problemas de saúde do vocalista, Joakim Berg, os shows precisaram ser adiados, porém nunca foram reagendados.
Eis que, em 2023 o anúncio veio novamente para a alegria dos fãs que esperaram por tanto tempo à vinda da banda para cá. Entretanto, nada parece tão simples quando se trata de Hardcore Superstar vindo ao Brasil: a turnê, agendada para outubro, precisou ser adiada para novembro por questões familiares do guitarrista Vic Zino.
Talvez por traumas anteriores, os fãs se mantiveram atentos às novas informações para não criar muitas expectativas novamente e elas acabarem sendo destruídas. No fim, deu tudo certo e ocorreu melhor do que o esperado.
A apresentação de São Paulo ocorreu no dia 18 de novembro no Carioca Club e teve duas bandas de abertura. Às 17h o Inluzt entrou no palco entregando carisma com looks bem familiares quando se trata de Hard Rock e agitou o público que foi bem receptivo com a banda.
Às 18h foi a vez do Nite Stinger subir ao palco do Carioca e cativou os presentes. Neste momento, a casa de shows já está mais cheia e o vocalista aproveitou para mencionar que a banda está confirmadíssima no Summer Breeze Brasil 2024.
Apesar de ter duas bandas de abertura, o Hardcore Superstar entraria no palco às 19h30, horário que normalmente são marcados os shows de abertura. Isso não é de longe uma reclamação, aliás, é algo a se elogiar, já que mais produtoras poderiam adotar estes horários mais cedo para todos os shows. É um conforto para o fã que não precisa sair correndo da casa de show para conseguir pegar o transporte público ou ficar preso na rua sendo obrigado a solicitar carona por aplicativo. Dá até tempo de encontrar seus colegas e ainda papear sobre o espetáculo que acabaram de presenciar.
Sem muito atraso, Joakim Berg (vocal), Martin Sandvik (baixo), Vic Zino (guitarra) e Johan Reivén (bateria) entraram no palco e os fãs, que já aguardavam aquele momento por muitos anos, não se contiveram e gritaram o mais alto que conseguiram, enquanto aplaudiam os integrantes, comemorando aquele momento como se fosse o último.
O Hardcore Superstar tem um público vasto em questão de idade, se você olhava para um lado, via um adolescente com seus 20 e poucos anos, quando você olhava para o outro, um adulto na casa dos 50, mas assim que começou Abrakadabra, ninguém parecia ter nenhuma diferença de idade, já que todos pulavam e curtiram juntos o momento.
Sem quebrar a euforia da primeira faixa, o show seguiu com Electric Rider. Jocke não esperou muito para conversar com o público, antes de Into Debauchery, o vocalista agradeceu quem veio para curtir com eles: “É muito bom estar aqui. Hardcore Superstar pela primeira vez no Brasil… E não pela última vez! Vocês estão prontos para mais? Eu perguntei se vocês estão prontos para mais!?”.
Nesta parte, porém, houve uma falha técnica enquanto a música chegava nos minutos finais, onde todos os instrumentos pararam de funcionar e a única coisa que conseguíamos ouvir era a bateria. Este foi um dos momentos mais emocionantes, pois apesar da falha, os fãs, que já estavam cantando alto, juntaram forças para mostrar para a banda que não tinha problema, eles davam conta de seguir o show aumentando ainda mais o tom de suas vozes e fazendo os integrantes da banda sorrirem enquanto viam aquela energia toda da galera.
Jocke pediu para todos ficarem em silêncio para poder ser ouvido sem o microfone. Neste momento, ele pediu um pouco de paciência porque a equipe já estava solucionando o problema. Levou um pouco mais de 10 minutos para tudo se ajustar, provavelmente, este deve ter sido o motivo da música Above the Law ter ficado fora do setlist São Paulo e talvez sem Dreamin’ in a Casket, esta que foi tocada somente em Curitiba durante sua passagem pelo Brasil.
Com tudo normalizado, o show continuou com Wild Boys e a mesma energia de antes. Claramente não iria ser uma simples falha que iria desanimar quem aguardou a banda por anos pisar no Brasil.
Após tantos anos de banda, com certeza alguns hits ficariam de fora, como Beg For It, que já tem um tempo que não é tocada ao vivo, mas nada disso abalou o público que em todos os momentos se mostravam mais felizes do que nunca a cada música que começava.
As baladas Standin’ on the Verge e Someone Special deram espaço para os fãs respirarem e apreciarem calmamente a banda. Vale ressaltar que durante todo o show, os membros da banda fizeram questão de distribuir água e cerveja para a galera que estava próximo ao palco e o Jocke inúmeras vezes se ajoelhou em frente aos fãs que estendiam suas mãos para que fossem um dos escolhidos para ganhar um aperto do vocalista.
Após sair do palco, o Hardcore Superstar voltou para o encore com We Don’t Celebrate Sundays e You Can’t Kill My Rock ‘n Roll, músicas que não poderiam faltar e perfeitas para o um fechamento de show com chave de ouro. Assim como durante toda a apresentação, os integrantes sorriam e conversavam com o público, andando de um lado para outro para conseguirem ver todos os fãs de perto, desta forma, conseguindo agradecer pelo olhar cada um que estava ali.
Apesar da casa não estar lotado, o público presente fez o Carioca Club se encher com sua energia e paixão pela banda e com certeza não vão esquecer tão cedo a promessa de Berg de retornar ao país e que até brincou no meio do show que já queriam voltar para São Paulo na próxima semana.
GALERIA DE FOTOS:
Hardcore Superstar
Foto: Ísis Trindade
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