Jinjer faz chão de Terra SP estremecer com seu metal poderoso nesse último domingo; confira!
Esse fim de semana foi inesquecível para os fãs de metal em São Paulo. No domingo, 08 de dezembro, o Terra SP recebeu um dos shows mais aguardados: a banda ucraniana Jinjer, que vive seu auge e encerrou sua passagem pelo Brasil com o sexto e último show da turnê no país.
Antes de São Paulo, a banda passou por Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro, sempre entregando apresentações incríveis e consolidando sua posição como uma das maiores forças do metal moderno do momento.
Como se isso não bastasse, a noite contou também com a presença da icônica banda alemã Heaven Shall Burn, que tem acompanhado o Jinjer em sua jornada, além da abertura nacional com o Fim da Aurora, uma banda que trouxe uma energia ímpar e aqueceu o público da melhor forma.
Fim da Aurora
Com o show marcado para às 18h00, a banda subiu ao palco no horário e iniciou o show de abertura. Sendo a única atração nacional, o Fim da Aurora entregou o aquecimento perfeito para o que estava por vir. Fim da Aurora, a banda de Jundiaí, formada em 2012, representou muito bem o metal nacional com uma performance poderosa, mostrando por que a escolha foi celebrada pelo público. Com um som que mistura influências de deathcore e metalcore, mas mantendo uma identidade única, o Fim da Aurora entregou um setlist sólido que cativou o público, mesmo enquanto muitos ainda chegavam para os shows principais.
O vocalista André Bairral agradeceu diversas vezes ao público e à produtora Liberation pela oportunidade, além de aproveitar o momento para divulgar o primeiro álbum completo da banda, Empty, lançado em agosto de 2024. O álbum apresenta influências marcantes do death metal dos anos 90 e letras em inglês.
A apresentação do Fim da Aurora terminou às 18h30, deixando o público devidamente aquecido e ansioso pelo restante da noite. Enquanto isso, o palco começou a ser preparado para a próxima atração.
Heaven Shall Burn: A brutalidade alemã em cena
Os alemães do Heaven Shall Burn deram sequência à noite, entrando pontualmente no palco às 19h com um show brutal e cheio de intensidade. Conhecidos por suas performances energéticas, a banda não decepcionou, entregando clássicos como “Endzeit” e “Black Tears“. A interação com o público foi um dos pontos altos da apresentação. O carismático vocalista Marcus Bischoff não parou um minuto no centro do palco, sempre pulando de um lado para o outro, levantando as mãos, batendo palmas e incentivando a plateia a acompanhá-lo. E o público, extremamente animado, respondeu à altura. Era evidente a grande presença de fãs do Heaven Shall Burn na plateia, e, assim que a banda entrou em cena, a casa estremeceu com a energia avassaladora do grupo no palco.
Além do vocal marcante de Bischoff, é impossível não destacar o talento dos demais integrantes do Heaven Shall Burn. Alexander Dietz, com sua presença sólida no baixo, e Christian Bass, que entregou uma performance impecável na bateria, formaram uma base perfeita para o peso das faixas. Já a dupla de guitarristas, Maik Weichert e Patrick Wustner, entregou riffs pesados e ótimos solos, deixando evidente a sintonia impressionante entre os dois.
Com músicos tão carismáticos, o show foi mais do que uma apresentação musical: foi uma experiência divertida e envolvente. Em um setlist com onze faixas, o Heaven Shall Burn dominou o palco por uma hora, deixando todos com aquele gostinho de quero mais.
Será que, na próxima visita ao Brasil, teremos a chance de vê-los em um show solo? Esperamos que sim, pois a apresentação deste último domingo deixou claro que a banda tem tudo para brilhar ainda mais como atração principal.
Jinjer: O ápice da noite
Quando a banda mais esperada da noite entrou no palco pontualmente às 20h30, foi de arrepiar. Ficou claro por que o Jinjer é uma das bandas mais respeitadas do metal moderno atualmente. Após dois anos desde sua última passagem pelo Brasil, o banda voltou e provou novamente o motivo de toda a ansiedade do público em vê-los ao vivo mais uma vez.
Com sua presença de palco imponente e cativante, Tatiana Shmayluk não perdeu tempo. Assim que subiu ao palco, deu início ao show com as poderosas “Just Another” e “Sit Stay Roll Over“, ambas do aclamado álbum King of Everything (2016). Além dos clássicos, o público teve a oportunidade de conferir faixas do próximo álbum, Duél, que será lançado em 7 de fevereiro de 2025. Algumas faixas já foram liberadas e, para a nossa alegria, pudemos ouvir e assistir performances incríveis ao vivo.
Entre as 15 músicas da setlist, cinco eram do álbum novo, incluindo a inédita “Fast Draw” e as já divulgadas “Green Serpent” e “Kafka”, que levantaram o público no Terra SP na noite de domingo.
Combinando influências de metal progressivo e groove, o Jinjer não é apenas sobre Tatiana. A banda inteira brilhou: Roman Ibramkhalilov entregou riffs pesados e dinâmicos na guitarra, Eugene Abdukhanov garantiu a solidez com linhas de baixo poderosas e criativa, enquanto Vladislav Ulasevich apresentou uma performance impecável na bateria, trazendo intensidade e precisão a cada faixa.
Tatiana trocou poucas palavras com o público, agradecendo a presença de todos. No entanto, com uma performance daquele nível, nem precisava falar muito. Era evidente que os músicos estavam dando o melhor de si no palco, e eles certamente perceberam o quanto os fãs estavam curtindo, vibrando e cantando junto a plenos pulmões.
A sintonia da banda e a energia avassaladora que eles transmitem só reforçam por que o Jinjer é uma das bandas mais respeitadas do metal moderno. Foi um show inesquecível, que deixou todo mundo contando os dias pro lançamento completo de Duél.
O encerramento, como esperado, foi apoteótico: “Pisces“. Assim que os primeiros acordes soaram, o público foi ao delírio. Ficava claro que esse é o hit absoluto da banda – ninguém ficou parado nem por um segundo.
Foram três shows incríveis! Começando com o Fim da Aurora, que aqueceu a galera na medida certa; passando pelos carismáticos alemães do Heaven Shall Burn, que entregaram tudo; e encerrando com o Jinjer, que trouxe o equilíbrio perfeito para transformar a noite em algo verdadeiramente inesquecível.