MOGLI | ‘Versão da Netflix é mais assustadora e madura’, revela Andy Serkis
A conhecida história de ‘Mogli’, o garoto criado por lobos, chegou ao mundo dos streamings: SIM! A Netflix produziu uma versão live-action da trama, que estreou em 7 de dezembro, repleta de drama e melancolia. O diretor do filme, Andy Serkis (“O Senhor dos Anéis“, “Planeta dos Macacos“), esteve no Brasil na última semana e participou de um painel na Comic Con Experience, em São Paulo, e de uma coletiva na segunda-feira (10), nas quais falou um pouco mais sobre o processo de adaptação de ‘O Livro da Selva’, obra lançada por Rudyard Kipling em 1894.
Mestre irrefutável de efeitos especiais, trabalhando em franquias como , “Senhor dos Anéis”, “Planeta dos Macacos” e “King Kong”, Serkis declarou que quis tornar ‘Mogli – Entre Dois Mundos’ mais sério, com foco na jornada do menino e seu amadurecimento.
“Quando li o roteiro, senti pela primeira vez que havia algo com o mesmo tom do livro escrito há 100 anos“, disse ele.
Após cerca de um ano e meio de trabalho, o roteiro ficou pronto em 2013. A produção do filme começou na época, mas no mesmo tempo a Disney anunciou que lançaria uma versão da trama. ‘Mogli: O Menino Lobo’ em live-action estreou em abril de 2016, quase cinco décadas depois da animação infantil também produzida pelo estúdio.
De acordo com Serkis, naquele período, começou uma “corrida” entre os estúdios. Mas quando ‘Mogli’ da Netflix chegou na pós-produção, a equipe decidiu deixar a pressa de lado.
“Estava muito consciente do mundo que eu queria criar, com realismo e perigo. Usamos tecnologia de captação facial e isso precisa de tempo para ficar bom“, afirmou. “Sabia que a Disney estava fazendo um filme para a família, e o nosso era mais ousado, assustador e emocionalmente complicado.”
O foco do novo longa foi mostrar a jornada do garoto indiano Mogli, criado em uma matilha de lobos, que sente não pertencer ao mundo dos animais e nem dos humanos. Em um determinado momento, ele é obrigado a se distanciar dos bichos e passa a viver na comunidade de pessoas, adquirindo seus hábitos.
“Para mim, o uso da faca por Mogli é algo político e uma influência dos humanos“, afirmou Serkis. “O filme também toca no colonialismo, na questão da caça por esporte e não por sobrevivência. Foi importante mostrar Mogli sendo corrompido.“
‘Mogli: Entre Dois Mundos‘ já está disponível na Netflix.
Texto retirado da Revista Galileu: [x]