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Slipknot e Bring Me The Horizon no Rio de Janeiro: bandas fazem show insano no Jeunesse Arena, confira a resenha.

Continuando a Metal Week, desta vez no Rio de Janeiro, agora foi a vez de Bring Me The Horizon e Slipknot no Jeunesse Arena! O Tramamos esteve presente para mais uma cobertura desses shows clássicos!

Com o Knotfest batendo à porta, São Paulo e Rio de Janeiro contaram com a Metal Week, semana que muitas atrações do festival se apresentaram em shows solos, entre elas Trivium, Judas PriestPantera, Bring Me The Horizon, Slipknot e Vended.

Resenha por: Lucas Paim
Fotos por Patricia Sigiliano gentilmente cedidas pelo Universo do Rock.

Can you feel my heart? É com a primeira música do álbum Sempiternal que o Bring Me The Horizon começa o show no Jeunesse Arena, às 20h30 de uma quinta-feira, 15 de Dezembro de 2022. É a segunda vez da banda no Rio de Janeiro, seis anos após a primeira vinda. Nesse meio tempo, o som do BMTH mudou e evoluiu constantemente a cada novo álbum lançado. Mesmo sendo a banda de abertura, o que não faltava na arena eram fãs cantando os refrões de Happy Song, Shadows Moses e Drown: músicas que já se tornaram clássicas nas apresentações do grupo.

O espetáculo, que conta com uma ótima produção, com luzes e telões sincronizados com todas as canções, foi marcado por cinco músicas do último trabalho do quinteto, POST HUMAN: SURVIVAL HORROR, um EP de 2019 bem elogiado por críticos e fãs. Oliver Sykes, vocalista e frontman, que inclusive é casado com uma brasileira e tem até CPF e residência por aqui, conduz toda a performance com muita energia, sempre conversando com a plateia e arriscando várias palavras em português. Provavelmente não teria opção melhor para abrir o show do todo poderoso Slipknot.

Se existe uma banda que ainda vai levar pessoas a lotarem arenas e estádios, depois que medalhões do metal como Iron Maiden e Metallica se aposentarem, sem dúvidas é o Slipknot. Mesmo depois de 23 anos do lançamento do seu primeiro álbum, a energia que o grupo (mais maduro, experiente e focado) passa em suas apresentações continua impressionante.

Disasterpieces abre a performance como um grande chute na cara. Estamos falando da, provavelmente, música mais pesada do álbum mais brutal da banda: Iowa. Continuar tocando isso mesmo depois de tantos anos, do jeito caótico que é, é digno de nota. A clássica Wait and Bleed dá sequência, jogando a energia da plateia ainda mais pra cima. Como terceira música, temos All Out Life; single que não pertence a nenhum disco da banda e foi lançado antes do sexto álbum (We Are Not Your Kind), funciona muito bem ao vivo, tendo um discurso de Corey Taylor no meio da música muito impactante. Por falar em Corey, acho que a essa altura é chover no molhado dizer que o vocalista continua em forma e entregando sempre uma atuação excepcional. 

Embora tenha saído há pouco tempo, o sétimo álbum da banda, The End So Far, conta com apenas uma música no setlist, a boa The Dying Song (Time to Sing). O que com certeza não incomoda os fãs, já que o restante é preenchido basicamente com clássicos. Foi a primeira vez, por exemplo, que Dead Memories foi tocada em uma apresentação na cidade maravilhosa. Spit it Out fechou com maestria a primeira parte do set, com o já tradicional e consagrado momento “jumpdafuckup“: no meio da ponte da música, Corey pede para todos se abaixarem para então, quando a música retornar ao clímax, todos os fãs pularem ensandecidos. 

O bis fica por conta de People = Shit, outra insanidade vinda do álbum Iowa (aliás, retornar para o bis com essa é outro chute na cara) e Surfacing, nosso “new national fucking anthem“, como Corey gosta sempre de frisar. 

Seja para novos ou antigos espectadores, o Slipknot não decepciona mesmo após tantos anos de estrada, apenas reforça sua importância no cenário do metal mundial e deixa um gostinho de “quero mais” em todo mundo.

Vida longa aos nove!


Fotos:

2 comentários sobre “Slipknot e Bring Me The Horizon no Rio de Janeiro: bandas fazem show insano no Jeunesse Arena, confira a resenha.

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